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A cara de choque quando falo que odeio rúcula: “Como assim você não gosta? Mas a rúcula é uma hortaliça… é verde, tem vitaminas e tudo mais!”
Parece estranho, não é? Há uma expectativa de que os nutricionistas devem amar todos os vegetais e de que não passam perto de refrigerantes e outros alimentos ultraprocessados. Não é bem assim.
Aprendemos a entender o papel que os alimentos têm para a nossa saúde e como utilizá-los da melhor forma.
A rúcula é uma hortaliça de origem mediterrânea. É uma fonte de ferro, cálcio e vitaminas como a A, C e K. É muito conhecida pelo seu sabor picante e cheiro acentuado, sendo utilizada em preparações frias (geralmente crua em saladas) ou quentes (aposto que já viu pizza com esta hortaliça!).
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Então, eu não gosto do sabor da rúcula. Porém, existem diversos outros vegetais que posso explorar. Gosto de outros vegetais folhosos verde-escuros como a couve e a taioba.
A verdade é que ninguém gosta de tudo, temos as nossas preferências individuais. E como aproveitar o melhor dessas preferências para construir uma alimentação saudável?
A regra de ouro é priorizar os alimentos in natura, os minimamente processados e evitar os ultraprocessados.
Ou seja, priorizar frutas, hortaliças, legumes, temperos; fazer o uso moderado de óleos, leite e derivados e evitar os ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos, embutidos.
É importante ressaltar também que o ato de comer deve ser algo prazeroso.
Envolve sabor, hábitos e tradições culturais, não apenas a proporção de nutrientes.
Cada região do país, do mundo, tem uma gastronomia diferente. É importante valorizar os alimentos da sua região, os hábitos culturais.
Aproveitar o momento de comer para ter uma experiência agradável com amigos e familiares. Considerando tudo isso, é possível explorar diferentes combinações. E assim, aproveitar ao máximo a experiência cultural, os sabores e os nutrientes. Afinal, quem não concorda que comer é bom demais?