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Chocolate, bolo ou biscoito da vó, pizza, sorvete, hambúrguer… o que essas comidas têm em comum?
Para muita gente, essas comidas são comfort foods. Ou comida de conforto ou comida afetiva, em português.
São receitas que possuem memórias afetivas associadas e proporcionam prazer, conforto, bem-estar ao comer. Estão ligadas a pessoas (como a mãe, pai, avó) ou momentos (infância, Natal, almoços de domingo).
Um mineiro, quando viaja, procura pão de queijo em qualquer lugar que ele vai (euzinha!). Isso é bem utilizado em restaurantes, hotéis, para fazer o cliente se sentir mais acolhido.
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Para mim, uma comida que sempre lembra minha vó é o pão com queijo. Miojo também. Pão com queijo para mim é sagrado, me traz muitas memórias boas de quando eu estava na casa da minha vó. Chocolate é outra comfort food para mim.
Uma coisa interessante a respeito disso é que as mulheres têm preferência por coisas mais doces, como chocolate, sorvete, biscoitos recheados. Já os homens geralmente preferem receitas com carnes e massas, como pizza, macarrão, lasanha. Interessante, não é?
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Um dos aprendizados mais valiosos que estou tendo com o curso de Nutrição é perceber o papel que a comida tem para nós.
Comer é uma necessidade básica assim como ir ao banheiro e respirar. Mas além de ser o combustível do nosso corpo com vitaminas, proteínas, carboidratos, gorduras, ela também tem um componente emocional muito forte.
Quando estamos ansiosos ou tristes, dá aquela vontade de comer chocolate ou comer algo bem gostoso para se sentir melhor. Uma vez ou outra, é normal, faz parte.
E é importante entender os papeis que a comida tem para a gente, para não ir para os extremos. De não ficar obcecado com todas as comidas e se sentir culpado/culpada por comer alguma coisa, nem querer “descontar” todas as emoções na comida.
Respeitar o nosso corpo e cuidar bem dele.
A comida tem um papel emocional, além do fisiológico. É importante entender esses papeis para não transformar a relação com a comida em algo que cause mal-estar.
Afinal, quem não concorda que comer é bom demais?
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Confira também este artigo para saber mais:
SPENCE, Charles. Comfort food: A review. International Journal of Gastronomy and Food Science 9 (2017) 105–109.